quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Pluralidade

Neste novo vídeo do curso de Culturas Digitais, há uma história de mistério envolvendo viagens no tempo. Uma mulher é presa. Ela é uma pluralidade, isto é, há duas da mesma vagando pelas ruas de Nova York. As duas são absolutamente a mesma pessoa em nível celular, mas a polícia sabe, pois já enfrentou casos semelhantes, que uma delas veio do futuro. É preciso descobrir qual. Um interrogatório e muito apoio tecnológico acabam resolvendo o problema, ainda que os policiais sigam com dúvidas sobre o motivo de tantas pessoas estarem sendo enviadas de volta. Nenhum dos presos revelou seus motivos.

Apesar da história instigante sobre viagens no tempo, o importante para a discussão de culturas digitais é o cenário que o curta apresenta: uma sociedade megatecnológica em que simplesmente ao tocar no corrimão de uma escada ou encostar os cabelos a uma vidraça a pessoa é identificada. Isso possibilita que qualquer bandido seja imediatamente identificado e capturado. Por outro lado, a privacidade é algo praticamente inexistente. O Estado tem pleno controle sobre cada passo de cada cidadão. 

A pergunta que paira no ar é: vale a pena trocar privacidade por segurança? Segundo as autoridades do filme, sim, porém o que a viajante do tempo sugere é que no futuro isso trará consequências desastrosas. O fato porém, é que em muitos níveis essa fantasia está se tornando realidade. Os sistemas cada vez mais integrados dos governos nos tornam cada vez mais transparentes para o sistema. Além disso, o controle extragovernamental é evidente. Ao navegar por sites na internet, cada passo nosso é monitorado, os sites já sabem nossos gostos pessoais e interesses, a partir da análise de nossas escolhas anteriores. Gradativamente, já estamos perdendo nossa privacidade. Na minha opinião, isso não é nada bom! Mas como lidar com isso?


Nenhum comentário:

Postar um comentário