sábado, 2 de fevereiro de 2013

Argumento e Visão

No curso Introduction to Philosophy, da Universidade de Edimburgo, aprendi algo muito interessante com o professor Dave Ward, com base em texto de Hilary Putnam (considerado por alguns como o maior filósofo vivo - sim, ele é homem e não tem nada a ver com Hilary Clinton). Para Putnam, Filosofia envolve visão e argumento. Visão sem argumento gera uma Filosofia que carece de conteúdo, de bases sólidas, de reflexão. Argumento sem visão é discurso vazio, sem coração e sem força.

Um comentário:

  1. Lendo "Variações sobre o prazer", de Rubem Alves (2011) - que traz muitas citações filosóficas de Nietzsche, Wittgenstein, Sto. Agostinho, Marx, Camus...encontrei algo que me parece ter relação com a forma de "visão" e de "argumento" que referiste. Diz Alves (p. 18) - "as cítaras indianas possuem camadas de cordas. A camada superior é tocada pelo artista. A camada inferior nunca é tocada por ele. Ela vibra harmonicamente pelo poder do toque da melodia que sai da camada superior". Ou seja... sem argumentos ou provas, o "corpo" vibra. Essa vibração é a evidência da visão do artista. Deve ser por isso que amamos alguns filósofos, poetas, escritores... quando eles escrevem, "nosso corpo vibra", porque há algo para além do argumento.

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